quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Podence - ENTRUDO CHOCALHEIRO

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2 comentários:

  1. Podence
    A antiga freguesia de Nossa Senhora da Purificação pertencia ao concelho de Bragança em 1832, ao concelho de Izeda e comarca de Chacim em 1852 e, desde 1878, ao concelho de Macedo de Cavaleiros.
    A Igreja Matriz de Podence, consagrada a Nossa Senhora da Purificação, reconstruída em 1703, é das mais importantes do concelho, com talha e retábulos pintados muito importantes, bem como um túmulo armoriado, no chão. De salientar ainda a capela de Santa Eufémia, situada no recinto do santuário, e a capela de Santa Rita.
    A freguesia tem como anexa a localidade de Azibeiro, cujo património religioso se resume à capela da Senhora da Penha onde há uma importante pintura de Bustamante e uma ponte do tempo do Fontismo.
    A sua singular tradição etnográfica, ligada à figura do Careto, é o ex-libris da freguesia, que poderá ser apreciado por alturas dos festejos carnavalescos na povoação e na Casa do Careto.
    Há duas unidades de Turismo Rural nesta aldeia, a Quinta da Moagem João do Padre e a Quinta do Azibo. Também nesta freguesia se situa a Praia da Ribeira e o espaço que irá ser o futuro Campo de Golfe de Macedo de Cavaleiros, no Azibo.

    Hino
    Podence, Podence, Podence!....
    Tens tradição antiga ó minha terra natal
    Podence, Podence, Podence…
    Tu já eras aldeia quando nasceu Portugal.

    Tu és uma rainha Podence
    Coroada ao norte por um souto sem rival
    E um manto florido Podence
    De vinhas e hortas verdinhas

    Batatas e cereal.
    Uns pés de rosmaninho
    Mimosa e lilás
    E flores de magia

    Craveiros nas varandas Podence
    A enfeitar nossas casas com perfumes de alegria.
    Aldeia do nordeste Podence!....
    Presuntos e salpicões
    São manjares divinais
    E vinho de gritos Podence
    P´ra beber, ficar contente e no final pedir mais.



    Morangos feiticeiros Podence

    Nos teus morangais lábios doces vermelhinhos

    Podence, Podence, Podence.

    Na tua Primavera, chilrear de passarinhos.



    No teu Outono tens Podence!...

    Souto de castanheiros cor de ouro amarelinhos

    Castanhas graúdas Podence…

    P´ra fazer magustos

    Regados com bons copinhos.



    Tens Braga e tens Coimbra, Podence

    E um Porto sempre aberto

    Aos planos industriais

    Teus bairros te embelezam Podence

    Com airosas vivendas

    Modernas e funcionais

    Perdeste algumas terras Podence

    Ganhaste belas vias a ligar-te às capitais

    E um belo futuro Podence

    De uma fábrica a enlatar

    Os teus doces morangais



    Castelo tiveste Podence

    No alto colocado logo ao cimo da igreja

    Tu foste praça forte Podence

    Em tempos recuados de mourama

    E de peleja.



    Capela tiveste Podence

    A abençoar teus lares

    No centro da povoação

    E cruz no cruzeiro Podence

    A provar que sempre foste

    Povo fiel e cristão.



    Podence, Podence, Podence…

    Meu doce torrão natal

    Torrão natal.





    Letra: José Amantino Ferreira

    Música: Popular








    Estatísticas



    N.º Habitantes: 357
    Eleitores: 380
    Área: 1433 ha







    Associações



    Associação Grupo de Caretos de Podence
    Associação de Melhoramentos de Podence








    Festas e Romarias



    Carnaval
    Corpo de Deus
    Santa Eufémia - 3.º domingo de Agosto

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  2. Carnaval: Caretos espantam a crise com "Entrudo Chocalheiro" no Nordeste Transmontano

    O “Entrudo Chocalheiro” dos Caretos de Podence promete um fim-de-semana prolongado e lotado no Nordeste Trasmontano, com turistas e emigrantes a regressarem à tradição para assistir ao “Carnaval mais ancestral de Portugal”.


    Os ruidosos e coloridos mascarados oferecem quatro dias de folia, entre sábado e terça-feira, e nem a crise parece esmorecer a festa, segundo as previsões do presidente da Associação dos Caretos de Podence.

    António Carneiro garantiu à lusa que “as unidades hoteleiras e de turismo rural de Macedo de Cavaleiros estão praticamente lotadas, com valores acima dos 90 por cento”.

    O que nota de diferente em relação ao ano passado é que haverá “pessoas que, em vez de ficarem, optam por vir apenas um dia, no domingo ou terça-feira de Carnaval”.

    Chegam de diferentes pontos do país e da vizinha Espanha para assistir a um Carnaval “diferente, único”.

    António Carneiro confessou que ainda “há uns anos era impensável” esta tradição transformar-se num atrativo turístico, mas hoje em dia não só alcançou esse estatuto como está a gerar outro fenómeno local.

    Os emigrantes que por tradição visitam a terra por altura do verão ou do natal passaram a vir no Carnaval e, no próximo fim-de-semana, António Carneiro espera “mais de 100 que vêm de França para ver os Caretos e alguns para se mascararem também”.

    “É algo inédito”, diz o responsável pela associação que tem ajudado a revitalizar uma tradição que há 25 anos estava praticamente perdida.

    A emigração e guerra colonial levaram os jovens da aldeia, mas hoje em dia não faltam interessados em encarnar os Caretos, apesar de do despovoamento continuar a assolar esta e outras aldeias do interior.

    Nos próximos quatro dias de “Entrudo Chocalheiro” serão perto de cinquenta pelas ruas de Podence, escondidos atrás das máscaras e dos farfalhudos fatos, com ruidosos cintos de chocalhos e um pau de madeira que os ampara nas tropelias.

    Gostam, sobretudo de chocalhar as mulheres, mas nada nem ninguém escapa a estes seres “desordeiros”.

    “É um Carnaval diferente, português, com figuras da nossa aterra que são autênticas, não há samba, é algo de espontâneo que ao longo dos tempos tem conseguido perdurar e chegamos aos dias de hoje com estas figuras que são um atrativo”, defendeu António Carneiro.

    O “Entrudo Chocalheiro” proporciona um leque variado de atividades, desde passeios a exposições, e também a oportunidade, a quem visita a aldeia, de “vestir a pele” do Careto.

    A Associação dedica um dia aos visitantes, segunda feira, em que disponibiliza trajes para experiência.

    Um traje completo custa entre “800 a 900” euros e é a associação que veste também os jovens que não podem suportar este custo e que, durante todo o ano, fazem parte do grupo de “15 a 20” que leva pelo país e ao estrangeiro esta tradição.

    É um “trabalho voluntário, de carolice”, como referiu António Carneiro, mas que recompensa também os jovens Caretos com as viagens, sem qualquer custo, pelo mundo.

    Já participaram inclusive noutros carnavais, nomeadamente no de Nice, em França.

    A Casa do Careto veio dar mais visibilidade a esta tradição desde que, há sete anos, abriu as portas, em Podence, para mostrar durante todo o ano a história destas típicas figuras.

    @Lusa

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