quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Tia Maria da Natividade ,por Arinda Andrés

Paisagem de Urros (1947).Prof. Dr.Santos Júnior
  A  Tia Maria da Natividade, de cantarinha de barro empoleirada no alto da cabeça, ou enfiada no braço, não era   muito alta, mas a sua figura de mulher ágil, a cara miudinha,  numa cabeça apertada num piruco,  emoldurada em  meigo e claro olhar, a boca de lábios finos, aberta em palavras de  generosidade e alegria, faziam dela uma  grande pessoa, diferente das outras, daí imaginá-la, sempre, como alta e grande mulher!
  Ocupava-se das  ovelhas, do queijo e do leite, os mais apreciados entre todos os da aldeia,  enchendo de brios de trabalho e fartura as tábuas de coalhadas brancas  enluaradas, a secar em casca de manteiga apimentada e as francelas a escorrer de soro e de tenros requeijões, numa terra de rebanhos e de pastores. Estava casada com o João Borregão, um homem sem pressas, sempre com um sorriso arreganhado no rosto redondo de bondade e de satisfação; nascido e criado entre as ovelhas, e a liberdade dos montes,  e recebido, da sua companhia, a paz e a bondade dos borregos, era um incansável protector e apaziguador em quezílias de pastores, para dividir alguma leira ou pedaço de lameiro, pago a bom preço; era sempre tido e achado em tempo de tomar decisões acertadas e pacificadoras; para ele estava  tudo bem,  e para  as suas ovelhas, qualquer nesga de carvalha, ou folhareca de rebentação, tenra e viçosa, chegavam;  tinha que aturar os que assim não pensavam, mas tido como respeitado e respeitador, não lhe era difícil acalmar ânimos de pequenas rixas.
                 Viviam assim uma vida simples, sem grandes canseiras e cuidados, ocupando-se apenas do pequeno rebanho e dos animais, em plena serra, numa casinha simples e modesta, onde o galo cantava e a terra florescia em fartas sementeiras e abençoadas colheitas.
                A esse tempo, um rico comerciante, levado pela ganância, e para conseguir  bons lucros,  mandou comprar e cercar  os melhores pastos da sua terra e das redondezas, limitando ao poder e à ostentação as suas ovelhas e pastores. Toda a gente, surpreendida por tanta ambição, ficou pasmada perante o acto, de tão desmedido que era, mas ninguém disse nada,  de susto e de  receios! Entretanto, a Tia Maria da Natividade e o João Borregão viviam o seu dia-a-dia, felizes e contentes, longe do povoado, na serra, vendo correr a águas nos ribeiros e ouvindo o cantar dos passarinhos, contentando-se com o que Deus lhe deu.

                       Uma cantarinha de barro, oferecida por seu pai, o velho oleiro, era um dos  preciosos bens da Tia Maria da Natividade; passou-lhe naquele utensílio rude e vulgar, tão perfeito na forma como no fim a que se destinava, todo o  amor à terra e às coisas que dela naturalmente brotavam; e a tia Maria da Natividade sempre pensou que tinha, com aquela dádiva, recebido a obrigação de lhe dar uso e proveito, e fosse para onde fosse, tinha que se fazer acompanhar daquela cantarinha; já as outras mulheres andavam cansadas e estafadas de tanta água acarretar, e ela, calmamente, ao passar por esta ou  por aquela fonte, trazia, de imediato, aquilo que precisava, mas também, se se deparava com alguém, em tempos de calor abrasivo, de imediato se prontificava a dar de beber a quem tinha sede, aproveitando, também, para trocar alguma palavra amiga, sem as gastar desnecessariamente, nunca se esquecendo de dar uso ao precioso presente e do que para ela significava. E os garotos que lhe andavam por perto, diziam, e da boca das crianças é que sai a verdade, e diziam todos eles, que a água da cantarinha da Ti Maria, era muito boa, sabia muito bem!  «A água da Ti Maria é que é boa! Até cura as maleitas dos raparigos! É! Porque vai- a buscar a Sant´Oplinairo!Anda que nem uma barboreta! E tudo o que faz, pode-se ver
              Era uma manhã bonita e serena! O céu estava azul e os passarinhos, em alegres chilreios, cruzavam os ares em esfusiante algaraviada, a derramar-se em trinados de alegria e contemplação, e a tia Maria da Natividade, qual Primavera florida, de blusa enfeitada e chapéu na cabeça, apertado de baixo do queixo, vinha para  casa, a cavalo em seu manso e humilde burriquito ali na aldeia, onde o queijeiro se desfazia em apuros de palavreado para levar os rendimentos dos rebanhos, ao melhor preço que lhe conviesse, e as mulheres, de mãos debaixo dos braços, afastaram-se de imediato, cochichando de curiosidade ou para tomar o pulso à questão; é que, vendo chegar a tia Maria da Natividade, recearam pelo seu afamado perfeccionismo. 
              Apenas preocupada consigo e  com os seus, preparava-se para entrar em casa, onde a ordem e a limpeza varriam com serenidade e alegria, todos os contratempos e desentendimentos, mas o cheiro e a visão daquela angélica figura, com os seus queijos e requeijões a branquejar pelos buraquinhos de alva toalha de linho, atraíram a curiosidade de tão espertalhão negociante, que, também se preparou, de imediato para ver e apreciar o trabalho  daquela mulher, tão simples e arredada do seu mundo de dinheiro e ganância.
           Era um homem poderoso e exigiu, de imediato, que todos os queijos lhe fossem confiscados, de tão apaixonado ficou por aquele precioso manjar; o povo estava pasmado e nem queria acreditar, a Tia Maria da Natividade, regressou a casa, triste e receosa pelo seu precioso trabalho; o tempo foi passando, e não havia novidades; até que um dia, o sábio negociante, determinou, a custo de muito dinheiro, que todo o queijo da Tia Maria lhe pertencesse, doravante!
                 Ficou triste e apoquentado o Ti João! E,  vendo chegar a noite, desceu ao povoado, por entre as sombras das casas, pé aqui, pé ali, apalpando e tacteando, a fim de repor a justiça sobre aquela questão. E dirigiu-se a casa do rico comerciante, uma imponente construção, mas longe de tudo e de todos, isolada  do mundo e da vida.
              - Senhor, porque sois egoísta e malfeitor, apoderando-vos do que é dos outros?  Os nossos queijos e as nossas coisas, são o nosso retrato, por isso o que é nosso, tratamo-lo com amor! O sabor dos nossos produtos deve-se à terra onde pastam, aos lameiros verdejantes, à água que corre nos ribeiros, ao sol que nos guia e ao luar que nos  adormece! Nós  e as nossas ovelhas, vivemos  descansadamente, sem preocupações, apenas do que Deus nos dá!
              Então o queijeiro, ganancioso, libertou as  ovelhas, para gozarem, livremente das riquezas naturais das nossas terras! Ficando, deste modo, os rebanhos de Urros conhecidos por serem os melhores e mais apreciados, graças aos bons pastos  de que se apascentavam, nas nossas terras!
Arinda Andrés - Tininha

16 comentários:

  1. Olá Sr. Administrador!
    Eu ainda por aqui ando, vá lá que ainda fui a tempo de falar dos rebanhos, dos queijos e dos requeijões da minha terra. Urros! Terra de rebanhos! E de fartos amendoais, olivais e vinhas; de tudo o que é Trás-os-Montes!
    Para todos, um abraço.
    Tininha

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  2. Estes montes calcorreou-os meu Pai! e meus Avós.
    Uma vez, meu Pai, num ápice, voou de Urros a Moncorvo, "Mas num pode ser, ai, inda agôra aqui estava!" em busca de um medicamento para ajudar o Primo André. Uma pessoa fascinante, de quem, um dia, vos hei-de falar. Foi o André que curou, cresci a ouvir esta frase vezes sem conta.Gratuitamente, tratava todos os enfermos! Diziam que era um santo! E lá teriam as suas razões. E meu Pai contava: Estavamos no sóto do Ti ZÉ Barbeiro,.... e o André disse que só se salvava com um determinado medicamento; eu agarrei na bicicleta e fui buscá-lo, num instante, até gostei, ajudar quem precisa, é sempre um bem que se pratica. "," Conta meu Pai", tantas coisas que se passavam, num cantinho em que todos se conheciam e se ajudavam.

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  3. Olá,adorei o texto, parabéns!

    -Permite-me que escreva umas letras em agradecimento e louvor também a quem "TÃO BEM" falou do meu tio e teu primo (por parte da tua mãe).
    Noutros tempos URROS era uma Comunidade onde prevalecia a união!André Canijo era o meu tio, não tive o prazer de conhecer, gostaria de saber muito mais sobre ele...Viveu
    em função dos que da sua ajuda necessitavam.Que a sua alma tenha encontrado a paz e a felicidade merecida na companhia dos pais e irmão(meu pai),que tem um lugar único no meu coração, assim como a minha mãe, a eles devo tudo que tenho e sou.O meu tio André salvou muita gente em momentos de aflição, era o enfermeiro da terra, gostaria de saber muito mais sobre ele. Um abraço Celeste Canijo

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  4. O amor à aldeia onde nasceu e se criou,o carinho pelas pessoas humildes,simples e trabalhadoras que conheceu,o orgulho nas riquezas naturais da sua terra - tudo neste belo texto
    que a Tininha nos oferece.Agradecemos.

    Uma moncorvense

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  5. Olá Tininha!
    Excelente homenagem aos pastores da nossa terra!Torga não o teria feito
    melhor.Este texto,pleno de ternura ,reflete bem a sensibilidade que te vai na alma e invade o coração.Das pessoas referenciadas não tenho memória,mas como sabes,apesar de não ir à nossa terra,mantenho com ela contacto permanente.Ora deixa-me dizer-te se é assim:
    A Sra.Maria e o Sr. João não eram os pais da Sra. Lucinda Canastra?
    Ela,a Sra. Maria ,que tinha uma cantarinha de barro,o seu bem mais precioso,oferecida pelo seu Pai,oleiro do Felgar...
    Ele, o Sr.João de Almendra...Viviam,de facto,na serra numa casa modesta
    de haveres,mas repleta de paz e amor.
    Continua a escrever,as gentes de Urros ,onde eu estou incluída,agradecem.
    Com um beijo de amizade da tua amiga de sempre.
    Ireninha

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  6. Olá Tininha!
    O "sóto"do "Ti" Zé Barbeiro,não é do nosso tempo,mas agora sei,que o dono era o Pai do SR.Professor.Era "quase" uma botica ,onde as gentes desses tempos iam tratar as "maleitas"e arrancar dentes à força de alicate...
    São histórias de outros tempos,que o meu Pai,lamentálvelmente e por partir antes de tempo,não teve tempo de me contar.
    Fazem-no outros por ele...E assim se faz História.
    Com um beijo de amizade e gratidão por tão belas recordações.
    Ireninha

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  7. OLÁ MINHA GENTE!
    Era uma expressão que a minha Avó usava tantas vezes!"Olá minha gente!", dizia ela com um sorriso certo de sabedoria e experiência.
    Vamos lá pedir, ouvir e escutar os nossos velhos, os mais venerados,informações sobre a nossa terra, lugares e hábitos; vamos lá saber mais sobre a gente que nó fomos.Neste caso, estou a referir-me, particularmente, ao primo direito da minha Avó, filho da estimada tia Benedita;o André, aquele que, gratuitamente, porque era bom! e tinha recursos,tratava e ajudava quem precisasse, sobtretudo os que eram " filhos de um Deus menor" e podia fazê-lo, pois dedicava-se ao estudo e ao trabalho inteiramente, mas nunca apoiado, ao contrário do que possa pensar-se, em panaceias de lendas e crendices.Mas uma outra figura de que mais tarde vos falarei.

    Com amizade,
    Tininha

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  8. Olá minha querida Ireninha!
    Os teus comentários, fruto de uma memória privilegiada e dos laços que nos prendem à nossa terra, trazem-me sempre outras recordações...Obrigada.
    Com muita amizade, beijinhos.
    Tininha

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  9. Bem, eu ontem escrevi aqui uns comentários, mas.... Será que este"ar da minha serra", já sucumbiu?...
    Pelo sim, pelo não, venho agradecer a todos os que comentaram ou que leram os meus textos. Bem haja a todos vós!
    Gostei de aqui estar e de vos conhecer
    Até sempre!
    Tininha

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  10. Tininha.
    Mais uma folha de palavras rendilhadas, que retratam tão bem as vivências da nossa Aldeia, em tempos não muito distantes, mas que a memória não apaga.
    Hoje, até parece, que nada assim acontecia.
    A verdade no entanto, é a descrita na tua renda literária, com a utilização de palavras, que originam imagens lindas, que fazem lembrar as figuras e desenhos utilisados nas rendas feitas á mão, das colchas e tapetes, feitos nos teares, pelas mulheres da nossa Aldeia.
    Essas imagens mágicas e únicas,inventadas pela arte e paciência das mulheres de Urros, que, com trabalho e engenho vendiam para todo o país, era muitas vezes o sustento dos seus filhos.
    Assim, a memória da cantarinha de barro utilizada pela Tia Maria da Natividade, para dar de beber a quem lhe pedia, também as tuas palavras refrescam a memória de todos os leitores dos Farrapos de Memórias.
    Sem o Blog, não seria possível a leitura deste e outros textos , que nos fazem regressar á origem das nossas raízes.
    A mensagem de justiça transmitida pelo João Borregão, ilustra bem o sentido de responsabilidade e a preocupação social que as pessoas de Urros tinham nessa época.
    A solidariedade era geral e esse espírito solidário, sempre foi transmitido pelas mulheres e homens bons da nossa terra.
    A tua escrita também embebeda, pela maneira como nos faz viajar no tempo e viver de novo tantas recordações de felicidade.
    Obrigado pelas viagens gratuitas para encontros com tantos amigos e amigas que viajaram e a tua escrita me faz recordar.
    Com amizade
    Manuel Sengo

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  11. Olá Manuel:
    As tuas palavras soam a tempos bem distantes.Porém, estão bem próximos de todos nós.
    A Tia Maria, o João Borregão, iam e vinham em todas as ruas da nossa infância. Oxalá eu saiba retratá-los com o respeito que todos eles me merecem.Eram outros tempos, sem dúvida, mas em que a amizade, a justiça, o espírito de partilha eram práticas conhecidas de toda a gente.Desconhecia-se a palavra nova, estranha, (sustentabilidade, inclusão, solidariedade) mas " respeito" era familiar e aplicava-se a tudo e a todos.Também havia "coisas menos boas", claro.Como em tudo. Mas, felizmente que assim é, apenas recordo as melhores! Ainda bem que a amizade, o amor e o carinho, nos fizeram esquecer as pequenas "coisas " do passado; No mundo, tão pequeno, do nosso cantinho, os problemas eram à nossa medida. Resolviam-se, tinham solução. O mundo evoluiu, hoje não há tempo para rendilhados, tapetes, ou outros lavores, que manifestavam, retratavam um tempo feito de paciência, disponibilidade e entrega.
    Obrigada pelas vossas palavras.
    Com muita amizade,
    Tininha

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  12. Olá Senhora Moncorvense!
    Muito obrigada pela simpatia e carinho das suas palavras.
    Afinal ainda estamos todos por aqui!
    Beijinho,
    Tininha

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  13. Olá minha querida Letinha!
    Muito obrigada pelo teu comentário.
    Também eu gostaria de te falar do teu tio André, o "nosso André", como diziam os meus Avós, mas talvez os mais idosos, em Urros, nos possam trazer mais alguma luz sobre o assunto. A SEU TEMPO, falarei deste amigo e de tantos outros.
    Beijinhos,
    Tininha

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  14. Depois deste texto, destes comentários, Trás-os-Montes, afinal, segundo a foto do blogue, é, também, um grande e imenso Oceano!, De fé, de vontades, de tenacidade, de coragem e de esperança!

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  15. A literatura não permite navegar, mas permite pensar.
    Os grandes oceanos permitiram a inspiração para a maior obra literária lusa.
    Saramago navegou num grande e imenso oceano, até que um dia o prémio Nobel lhe bateu à porta.
    Um mar de gente afirmava que não sabia escrever, mesmo sem ler o que ele escrevia.
    A escrita é única, permite que a mente construa o mais lindo romance.
    A ironia quando utilizada indevidamente permite destruir a mais bela obra literária.
    Apenas os mais afortunados estão aptos a utilizar e compreeender a ironia.
    Neste grande e imenso oceano transmontano, navegam certamente muitos homens e mulheres, que pensam a partir do que se escreve.
    A originalidade por vezes agride e a inveja nasce.
    A escrita dá a liberdade de escrever as palavras e afirmar o orgulho de ser transmontano.
    O pior momento é quando o escritor se cala e não quando o mandam calar.
    Esperança para todos.

    Manuel Sengo

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  16. Olá Manuel!
    Obrigada pelas tuas sábias palavras, onde, cada um, vê nelas aquilo que quiser.
    É assim a vida.
    Também os meus textos, são aquilo que os vossos olhos qiserem e gostarem de ver.
    A cheia, para uns é espectáculo; para outros, tristeza.
    A todos, obrigada pela generosidade dos vossos comentários, pela disponibilidade de lerdes a vontade de viver uma terra esquecida, mas onde a seiva ainda pulula de esperança!
    Parece que este blogue vai acabar e eu, mais uma vez, quero salientar
    a importância de olharmos as nossas aldeias. Falei da minha, porque é o que eu sou.É preso à aldeia, aos cheiros, aos sabores, aos usos e costumes, que nós, citadinos, acorrentados a um cantinho da urbe, vivemos! Quando isso acabar, também uma parte de nós(....) morre.
    Este blogue contribuiu para dar vida a esses laços que nos unem e seria muito importante que se fosse mais além! E que as 50 ou 60 pessoas idosas que lá vivem, vissem algum indício de alerta, de continuidade.
    Obrigada Manuel pelo teu texto, tão assertivo, tão bem exposto e argumentado.É, também, por tudo isto, que é preciso fazermos alguma coisa. Os meus textos, são, acima de tudo,uma pontinha desse grande amor que eu sinto por um tempo e um lugar em que, e muito especialmente, havia família, amizade, vizinhos: O Ti Júlio, a chegar à tardinha, de sorriso de orelha a orelha(eu acho que até as orelhas se lhe riam), e um cinturão de coelhos, lebres e perdizes!!! Nessa altura, é verdade, em que se respeitava a natureza e se caçava.(...)
    Lembro-me de tudo isso e de tantas outras coisas.
    Mais uma vez, obrigada.
    Saudades,
    Tininha

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