sexta-feira, 4 de outubro de 2013

"A Terra de Duas Línguas II, Antologia de Autores Transmontanos" na Biblioteca Municipal de Moncorvo (HOJE)






















PROGRAMA:
Ver:
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2013/09/contos-do-vale-da-promissao-de-carlos.html

Notas biográficas:
Carlos Carvalheira
 Nasceu em Trancoso.
Possui a licenciatura em Direito (Coimbra), a pós-graduação em Direito Europeu (Nancy – França) e o Diploma Superior de Estudos Franceses (Nancy – França).
Fez estágios profissionais no Tribunal de Justiça da União   Europeia (Luxemburgo), na Comissão da União Europeia (Bruxelas), no Parlamento Europeu (Estrasburgo).
No MF e no MNE coordenou, durante vários anos, as posições sectoriais com vista à negociação, no quadro da União Europeia, de vários dossiers (transportes, mercado interno, Europa dos cidadãos, controlo nas fronteiras, reconhecimento de diplomas, protecção civil, serviços de informação, direito de estabelecimento, livre circulação...) e de diversos elementos de Direito Derivado (Regulamentos, Directivas, Decisões...).
Integrou o Grupo Ad-Hoc Imigração, assim como as delegações  portuguesas às reuniões dos Grupos do Conselho de Ministros. Coordenou todo o processo relativo à notificação do direito nacional adaptado.
No Instituto da Juventude, chefiou a Divisão de Relações Internacionais e integrou e chefiou as delegações para negociação  de  programas com  diversos países (Bélgica, Holanda, Alemanha, Dinamarca, França, Guiné Bissau, Cabo Verde...). Participou na Primeira Presidência Portuguesa da União Europeia (1992), onde prestou apoio ao Presidente do Grupo do sector.
 Exerceu, durante vários anos, as funções de Secretário do Governo Civil da Guarda.
Foi conferencista e formador em colóquios, conferências, acções de formação e seminários essencialmente em matéria de Direito Comunitário e da integração de Portugal na União Europeia.
Escreveu para jornais de âmbito nacional e local. Tem escrito trabalhos para inclusão na Colecção Fios da Memória.
Leccionou, durante vários anos, a cadeira de Direito Europeu e Cidadania, na Universidade Sénior da Guarda.
Nota Biográfica do editor

 António Sá Gué, é o pseudónimo do Tenente-coronel António Manuel Lopes. Nasceu a 9 de OUTUBRO de 1959, na Freguesia de Carviçais, concelho de Torre de Moncorvo, centro da chamada “Terra Quente Transmontana”. Frequentou engenharia civil, curso que deixou a meio para ingressar voluntariamente nas fileiras do Exército Português. Passou pelos postos hierarquicamente mais baixos até ingressar no INSTITUTO SUPERIOR MILITAR, curso que terminou em 1989 e lhe permitiu ascender a oficial.

Enquanto oficial, a sua carreira decorreu com normalidade. Percorreu todos os postos da carreira de oficiais até ascender a tenente-coronel, posto que neste momento detém. Desempenhou as mais variadas funções de planeamento e direcção dentro do Estado-Maior das diferentes unidades militares por onde passou e das quais se destacam: OFICIAL DE OPERAÇÕES, OFICIAL DE PESSOAL, OFICIAL DE JUSTIÇA.
Além dos cursos que frequentou para desempenhar as diferentes funções para as quais foi nomeado, frequentou, como qualquer oficial, os cursos obrigatórios para ascender na carreira militar e nos quais se destacam: CURSO DE PROMOÇÃO A CAPITÃO e CURSO DE OFICIAL SUPERIOR.
Ao longo da sua vida manteve sempre uma relação emocional com os livros e, em 2007, estreou-se com o seu primeiro romance, As Duas Faces da Moeda. Desde então tem publicado diferentes obras sempre na área da ficção que passam pelo romance, como já se disse, e pelo conto.
Depois de ter editado as suas três (3) primeiras obras através de outros editoras, insatisfeito pela forma como as mesmas eram divulgadas, decide criar a sua própria editora, LEMA D’ORIGEM – EDITORA que se estreou em 2009, com um título da sua autoria NA INTUIÇÃO DO TEMPO.
É membro da Academia de Letras de Trás-Os-Montes.
É membro da Associação Portuguesa de Escritores.
Está representado com o título A feira, na Antologia de Autores Transmontanos -  A Terra de Duas Línguas, coordenada por Ernesto RODRIGUES e Amadeu FERREIRA, editor: Academia de Letras de Trás-os-Montes, Instituto Politécnico de Bragança, Associação das Universidades de Língua Portuguesa, Bragança, 2011, p. 279-286.
Está representado com o título Na Andadura do Pão, A Terra de Duas Línguas II - Antologia de Autores Transmontanos -   coordenada por Ernesto RODRIGUES e Amadeu FERREIRA, editor: Lema d’Origem Editora, Porto, 2013, p. 171-180.
 Alimenta um blog desde 2008, intitulado PALAVRAS AO VENTO: http://antoniosague.blogspot.pt/
Tem pubicadas as seguintes obras:
- As Duas Faces da Moeda; Papiro Editora, Porto, 2007;
- Contos dos Montes Ermos; Editora ArtEscrita, Rio Tinto, 2007;  2.ª edição, Lema d’Origem, Valongo, 2010;
- Fantasmas de uma Revolução, Papiro Editora, Porto, 2008;
- Na intuição do tempo, Lema d’Origem, Valongo, 2009;
- Ultreia! Caminho sem Bermas, Lema d'Origem, Valongo, 2010;
- Fermento de Liberdade, Lema d'Origem, Valongo, 2011;
- Quadros da Transmontaneidade, Lema d'Origem, Porto, 2012;
- O MANCO – Entre Deus e o Diabo, Lema d'Origem, Porto, 2013.

Além das obras acima identificadas tem publicados os seguintes contos;
- Um Rei sem Reino;Papiro Editora, Porto,2008:
- O Girassol. Presente para Van Gogh, Papiro Editora, Porto, 2009
- A Alzira, Boletim Cultural da Escola Secundária Camilo Castelo Branco (boletim n.º 17);Vila Real,2011;
- No princípio era o verbo, Boletim Cultural da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, (boletim n.º 18), Vila Real, 2012.
- O Quadro - Boletim Cultural da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, (boletim n.º 19), Vila Real, 2013.

2007

As Duas Faces da Moeda; Papiro Editora, Porto, p. 246
Durante o ciclo da emigração clandestina para a Europa Central, nos anos 60, muitos para fugir á pobreza da terra, engolfaram-se numa viagem iniciática, uma autentica odisséia, onde a travessia das fronteiras se fazia a pé, pela calada da noite, caminhando, caminhando, de carnadura dorida, ao longo das longas e declivosas congostas pirenaicas, perdidos, orientados apenas pela vontade de vencer, sujeitos a intempéries e ás travessuras dos “passadores”.
O Gaio, inadaptado, vai regressar, comprar umas canhonas, viver enlevado, durante pouco tempo, entre os montes e o céu, numa vida simples de zagal. O grito “Para Angola e em força”, vai arrastá-lo para os córregos tenebrosos da guerra. Há-de  matar, enganar a morte, e há-de ter a sorte de regressar, mas as cicatrizes e o embotamento da alma serão tão fortes que lhe hão-de tolher a vida.
***
Contos dos Montes Ermos; Editora ArtEscrita, Rio Tinto, 2007, p.116;  2ª edição, Lema d’Origem (Valongo), 2010, 143 p.

Os Contos dos Montes Ermos não são meras narrativas de vivências de um passado recente do Nordeste Transmontano. Nem tão somente um relembrar do léxico que define o transmontano de aldeias longínquas onde o tempo, outrora, passava devagar. Neles há o retrato das gentes, do labor e do lazer. Neles há a seiva que moveu os filhos dos homens transmontanos em busca de outros espaços onde a alma amadurecesse e o grito da saudade repovoasse os montes, de onde o “Longe” demora a chegar.
Teresa Leonardo Fernandes

2008
Fantasmas de uma Revolução, Porto, Papiro Editora, 2008, 174 p.
Poucos terão sido aqueles que, em idade da razão, não tivessem vivido intensamente o período conturbado do PREC, cheio de contradições e acontecimentos marcantes. Nesse tempo, agora só de memórias, as palavras cortavam como facas e a canção era uma inquietante e irónica arma de revolta. Nessa época de liberdade e libertinagem, alegrias e tristezas, de excessos provavelmente frutos da longa noite de escuridão, concatenaram-se numa longa trama de avanços e recuos políticos, podendo muito bem ter culminado na instalação de uma ditadura do proletariado. Ninguém assistiu a tal realidade, ou melhor, só o personagem central do romance a vive.

2009
Na intuição do tempo, Valongo, Lema d’Origem - Editora, 2009, 172 p., capa ilust., color. 

Será possível fazer a síntese de um determinado tempo e percepcionar o futuro? Que movimentos, que ideias nos influenciaram e nos fizeram seguir em determinada direcção? Este é o propósito deste livro, que procura condensar alguns dos movimentos sociais do século XX, materializados em personagens-tipo que interagem dentro do comboio do tempo, um tubo de ensaio onde as personagens exteriorizam os seus pensamentos, ora os verbalizando, ora comentando a paisagem que vai surgindo através da vidraça do imperecível comboio, permanentemente fustigado pela força das intempéries da tecnologia e que o engenheiro Norberto acredita dominar.
Nada acontece por acaso.
Que influência teve nas gerações seguintes a revolução geracional dos anos 60, representada pelo Horácio, um estudante influenciado pelo movimento hippie? Que peso teve a queda do muro de Berlim e a Guerra Fria que o mundo viveu, e que morreu com o Gonzaga, um comunista idealista que ainda acredita na luta do proletariado? Aonde nos conduz o homo pouco sapiens que, embalado pelo chouto do comboio da globalização e do consumismo desenfreado, ainda acredita ser o maquinista e dominar a máquina, travar e acelerar sempre que o desejar, mas, em boa verdade, já não tem os freios para poder orientar essa possante besta que a todos arrasta?

                                                                            2010


Ultreia! Caminho sem Bermas. Valongo, Lema d'Origem, Editora, 188,p,  capa il. color.

Neste livro, descrevo o caminho e as impressões colhidas ao longo do “Caminho Francês”, e vou garatujando um segundo caminho paralelo a esse: o caminho do conhecimento e do não-
-conhecimento. Este é o caminho simbólico do Daniel, um professor, um artificie de consciências, que ao longo do seu trajecto tenta, em todos os momentos, melhorar enquanto pessoa, encontrar dentro dele a melhor forma de andar ao longo desta senda que é, ao fim e ao cabo, o caminho da vida.

2011
Fermento de Liberdade. Valongo, Lema d'Origem, Editora, 279,p,  capa il. color.

Tempos houve, e não estão muito distantes, em que o regime, se enraizava na sociedade, através de dois fortes espigões, a polícia que se apelidava de defesa do estado, de longos e sinuosos braços, e, também por, um exército, ufanado por um oco prestígio que adormecia à sombra do obscurantismo do povo, alfobre dessas duas vértebras que o mantinham erecto.
O Zé Bernardo, transmontano de nascença, transplantado para a ilha do Porto, há-de ser facilmente recrutado pela polícia, e irá vicejar temporariamente. O Coronel Fontelo, o segundo personagem, também transmontano, de 48 anos de idade, que inicialmente presta serviço a um estado leal e nobre, qualidades, que sempre lhe ensinaram a reconhecer, lentamente, vai tomando consciência das invirtudes desse estado, consciência essa obtida, essencialmente, em  consequências da sua vida familiar, especialmente a sua filha mais velha.
A Marília devido ao seu feitio revolucionário vê-se envolvida nas lutas estudantis nos anos 60. Vai ser perseguida e vai refugiar-se em França, onde toma contacto com a resistência organizada em Paris. Volta, e é nesse regresso que é presa pela PIDE e é nesse tempo que a alma do coronel Fontelo vai ser tocada pelas injustiças e malvadez do regime e entrará na porta da democracia que se adivinha.

2012
Quadros da Transmontaneidade. Porto, Lema d'Origem, Editora, 112,p,  capa il. color.

Esta é uma obra de sedimentos memoriais das gentes transmontanas. Não é nenhum levantamento etnológico, nem tão pouco um estudo antropológico do seu modus vivendi, como se possa pensar. É, antes de mais, um livro que fala da grandeza e da mesquinhez humana, de ressentimentos, de canseiras, dos tédios e das angústias que alimentam qualquer ser humano.
É um livro que fala de montes elevados por emoções e dos vales profundamente escavados por sentimentos.


2013
O MANCO – Entre Deus e o Diabo. Porto, Lema d'Origem, Editora, 204 p,  capa il. color.


O Manco é uma figura que procura a sua unidade, enquanto ser humano, entre a dura realidade  em que sobrevive e a busca de uma religiosidade que parece não lhe trazer respostas. Uma figura que se busca entre o seu mundo interior e exterior.
O Manco - Entre Deus e o Diabo é um grito em silêncio de uma revolta contida.

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