quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Debate sobre a linha do Tua junta operadores e investigadores em Alijó

Operadores turísticos e investigadores internacionais debatem esta sexta-feira, em Alijó, a viabilidade e mercados do novo produto turístico proposto para o Tua, que junta o comboio, funicular e barco e representa um investimento de 40 milhões de euros.
Segundo anunciou hoje a EDP, a conferência internacional “Railroads in Historical Context” vai reunir 40 investigadores internacionais, operadores turísticos do Douro e responsáveis pela empresa, que há dois anos está a construir a Barragem de Foz Tua entre os concelhos de Alijó (Vila Real) e Carrazeda de Ansiães (Bragança).
A construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua implica a submersão de parte da linha ferroviária do Tua. Em consequência disso, foi elaborado um plano de mobilidade, que está a ser gerido pela Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT), e vai implicar um investimento de 40 milhões de euros.
À EDP caberá um investimento de 10 milhões de euros, enquanto os 30 milhões de euros serão provenientes de fundos comunitários.

Para o Tua propõe-se um sistema multimodal, que começará pelo transporte ferroviário até à barragem, com subida do paredão através de um elevador panorâmico (funicular) e depois viagem de barco até à Brunheda, onde se entrará novamente no comboio até Mirandela.
Nesta conferência far-se-á um debate público, com os operadores, para analisar a viabilidade e mercados do novo produto turístico que está a ser projectado para o Tua.
Em Setembro, no decorrer de uma visita às obras da barragem, o administrador da EDP Sérgio Figueiredo referiu que quatro operadores turísticos já tinham mostrado interesse na concessão deste plano de mobilidade.
Na altura, disse ainda que a EDP ou ADRVT não estão vocacionadas para operar esse produto turístico.
No âmbito do Aproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua está também a ser desenvolvido, por uma equipa de investigadores do MIT e da Universidade do Minho, um estudo histórico da linha ferroviária do Tua e do vale do Tua.
 Segundo refere a EDP, em comunicado, a “investigação revela factos, memórias e paralelismos com outros caminhos-de-ferro recuperados que poderão servir de referência à reinvenção da linha”. Associado ao trabalho académico, foram realizadas duas conferências anuais com vista à apresentação de trabalhos efectuados e debate de ideias. Esta é a terceira conferência que decorre.
O programa prevê a intervenção do professor Eduardo Beira, do MIT Portugal, sobre o tema “Três anos de trabalhos sobre a linha e o vale do Tua”, de José Silvano, da ADRVT, sobre a “Perspectiva de desenvolvimento regional do vale do Tua” e de Sérgio Figueiredo, que vai falar sobre “O plano de mobilidade e as oportunidades para o vale do Tua”.

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